A primeira vez você nunca esquece...
Depois de todos os ritos iniciais antes de entrar na Academia lá foi o nosso personagem da história de hoje para o seu primeiro dia...Um ex sedentário relata as dificuldades do seu primeiro dia de Academia. Se você se identifica com esse caso, comente, conte sua história. Quem sabe você não pode ser nosso próximo personagem?
A primeira vez a gente nunca esquece
Por Márcio Lima
O primeiro passo, a primeira palavra, a primeira bicicleta, o primeiro beijo, a primeira namorada, a primeira “fugidinha” em fim a primeira vez a gente nunca esquece. Com a primeira vez em uma academia não é diferente.
Depois de seguir todos os passos iniciais essenciais, ou seja, check-up, a escolha de uma academia com profissionais competentes, com preço acessível e depois da matrícula lá fomos nós para o primeiro dia. A primeira orientação que recebo do personal é para ficar ao menos duas semanas, apenas na esteira, teimoso que sou, não concordei , queria começar logo a levantar supinos, malhar com halteres, malhar bíceps, tríceps, em fim, depois de muita insistência ele montou uma série provisória para os primeiros dias.
Optei por não começar pela esteira e fui logo para a área de musculação. Lembro-me até no primeiro equipamento em que fui me exercitar: Supino Reto. Tentei começar levantando dez quilos de cada um dos lados, não consegui, então diminui para oito, seis, até que consegui com quatro (sendo dois de cada lado).
Enquanto levantava os meus singelos quatro quilos olhava para os lados e notava o olhar reprovador dos outros que pegavam 10, 20, 30kg. Foi sofrido! Sem mencionar os sustos após os gritos dos bombados que levantavam 100kg com o dedo mindinho machucado, eram piores que os gemidos do Guga, mais depois você acaba se acostumando. E para piorar os espelhos da academia são distorcidos mostram a todo momento que você não está bem naquele corpo. Se tiver magro ele vai exacerbar, se tiver gordo ele vai exacerbar, se tiver com o corpo bacana ele não vai exacerbar de jeito nenhum. É um bullying psicológico.
Consegui fazer uns quatro ou cinco aparelhos no máximo nesse dia. Quando já estava indo embora ouço uma voz falando: - esteira, esteira. Era o personal que não havia esquecido do diabo da esteira, e lá fui eu. Ele pediu que ficasse ali um mínimo de 10 minutos. Novamente achava que era um Chock Norris da vida e que iria conseguir ficar dez minutos correndo. Dos nove minutos e meio que fiquei, consegui correr por um minuto e o restante do tempo caminhei a uma velocidade aproximada de uns 4 km/h.
Acho que foram os dez minutos mais sofridos da minha vida, sai da esteira tonto, cambaleando, quase que não conseguia nem descer as escadas para ir embora. A emoção maior veio depois quando as dores começaram a surgir, falaram que era normal que um tal de ácido láctico tinha se acumulado e não sei mais o que. Lembro apenas que doía tudo, do dedinho do pé aos fios de cabelo, nada podia me tocas nem mesmo um mosquitinho que eu já falava palavrões e gritava mais alto que o bombado do dedo mindinho machucado.
E o segundo dia você acha que me lembro?
Na verdade não, porque ele nem existiu. Fiquei exatos 4 dias sem ir a academia, por conta das dores. Nesses momentos você pensa em desistir. Mais brasileiro que sou, persisti. Demorou para fazer diferença, a diferença na verdade você não consegue notar e a academia só começa a valer a pena quando os outros começam a te dizer o quanto você emagreceu, o quanto ta ficando com o corpo bacana. Nesses momentos você se sente mais que com a alto estima elevava, você olha para si mesmo e diz: “Nossa como estou saudável”.
Aguardem mais histórias de Academia!!!
1 comentários:
Gostei da exploração do tema. Parabéns!
9 de abril de 2011 às 21:38Abs,
Roselene
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